Às vezes fico chateada com algumas coisas que me tiram do
normal, me rouba a alegria, o sorriso no rosto.
O mundo está cheio de importações do Paraguai. É gente que
finge que está trabalhado, que finge que faz, que bota banca e simula ter
competências, gente que finge que é amigo, que finge que concorda para não
parecer idiota ou pouco inteligente, gente que não tem visão própria, gente que
nunca tem opinião e ainda fica querendo dá palpite. Às vezes paro e digo pra
mim mesma: Você não tem nada a ver com isso!
Fico me perguntando o que seria do mundo se todos pensassem
iguais? Seria uma chatice hercúlea. Eu gosto mesmo é de ver o outro lado da história,
gente que pensa muito igual a mim não me dá tesão, tem que ter um olhar
diferente sobre as coisas, não quero um clone de mim por ai...
O mundo está cheio de gente que “entende”, gente mediana,
que é e não é. Gente morna, rotineira, gente que finge ser igual, gente que
como um camaleão esconde suas verdades pra conseguir fazer parte de certo meio
ambiente.
Não nasci para meios termos, pra mim ou é ou não é, ou faz
ou não faz, ou quer ou não quer. Mas nada de ficar em cima do muro, uma hora
você vai ter que pular para um dos dois lados. Fico pensando que se tivéssemos
vontade de fugir toda vez que encontrar esse tipo de gente, teria outro lugar
no planeta para nós? Ou ficaríamos a vagar até encontrar quem debata e não
aceite tudo tão facilmente? UM GRANDE PONTO DE INTERROGAÇÃO POR FAVOR.